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Kanimambo: o realismo analítico não pressupõe pessimismo e má vontade, mas equilíbrio racional



Um dos piores problemas éticos do viés etnocêntrico e preconceituoso de análise da realidade, tido como ponto de vista "científico" e "neutro," da ideologia que está por trás do atual movimento da "escola sem partido", no Brasil, é a falta de compromisso com uma postura racional equilibrada, sem ranço raivoso contra quem lhe é contrário, como pressuposto metodológico básico. Este movimento político é um retrocesso democrático e civilizacional que o coloca perto da postura fascistizante de outras correntes paralelas da direita brasileira, racista, autoritária e preconceituosa em todos os sentidos. Como já sabemos, nada mais partidário do que a ideologia do tal movimento, supostamente inocente, da "escola sem partido".

Estamos ligados à África não só pela história humana recente de quinhentos anos, mas há milhões de anos atrás éramos parte de um mesmo continente, por isto é que compartilhamos uma geologia comum e muitas espécies de seres vivos em comum ou que tem uma origem comum. Portanto, temos que ver esta ligação não só cultural e econômico-política, mas também científica (para o bem de ambos os lados do oceano). É mais do que provável que haja enormes potencialidades econômicas escondidas ainda no subsolo de nossos continentes (como a existência de enormes reservas marítimas de petróleo, até em Moçambique).


A grosseria intelectual de tal movimento é tão grande que mal sabe distinguir o que seja uma postura política, em ciências humanas, por exemplo, de uma postura partidária militante. Os néscios que defendem tal ponto de vista, ideologicamente (ou seja, partidariamente), nada mais fazem do que retrocederam a momentos ideológicos que nosso país já vivenciou sob duas grandes ditaduras no século passado, a do Estado Novo (que aboliu os partidos, em 1937-1945) e a da ditadura militar 1964-1985 (que também aboliu os partidos existentes antes de 1964 e criou dois agrupamentos partidários pró forma, a ARENA, para apoiar, e o MDB para fingir que fazia oposição nominalmente; imitação tosca do suposto bipartidarismo norte americano). Ou seja, defendem sem o perceber (quanto aos mais ingênuos e acríticos deles), ou percebendo cinicamente sim (quanto aos menos ingênuos e nada honestos quanto a intenções), que a postura política a ser ensinada em sala de aula, como parte do currículo, é a de desprezo pela liberdade democrática de defender boas causas éticas contra discriminações, preconceitos e desigualdades sociais.


Ora, esta postura antidemocrática que deslegitima toda crítica às mazelas sociais e políticas de uma sociedade industrial em pleno século XXI é abertamente partidária de um pensamento único, autoritário, anti democrático, eurocêntrico, racista e classista que não sabe e não quer viver pacificamente com o contraditório (porque bem afinado com a ideologia de certas parcelas das classes dominantes mais brutas e intelectualmente despreparadas para conviver pacificamente com o contraditório normal numa sociedade aberta e a pluralidade democrática multi partidária). Só pessoas muito broncas podem defender tais posições em meio a todos os avanços democráticos alcançados não só por nossa sociedade, mas pelo mundo ocidental como um todo (quer dizer agora que a história mundial terá que omitir a luta contra o nazi-fascismo e pelos direitos humanos para não demonstrar partidarismo?).

Moçambique não ficou presa ao passado, embora o passado faça parte do presente


Em primeiro lugar, é preciso lembrar que tal movimento é anti constitucional, porque é a própria constituição federal brasileira de 1988 que garante a liberdade de consciência e de expressão de todos os cidadãos, bem como a de pesquisa científica e docência entre a intelectualidade. Não sabem distinguir, conceitualmente, que há sim ideias supra partidárias de igualdade social, liberdade e fraternidade que fazem parte íntima da herança comum do sistema democrático, no ocidente do qual fazemos parte, vigente pelo menos desde a Revolução Francesa em 1789 (embora estes princípios tenham chegado tardiamente ao Brasil; porque a coroa portuguesa absolutista por direito divino os proibiu). Pensam que um educador de história, por exemplo, não pode ter uma postura política pessoal (como uma ética política que não se mistura com a ética profissional, muito menos com uma militância partidária em sala de aula diante de estudantes adolescentes, por exemplo); como se isto fosse possível.


Não sabem que não há uma ciência humana supostamente neutra em valores políticos mais amplos e mais profundos do que compromisso estrito com este ou aquele programa partidário momentâneo em específico (mesmo que seja legítimo que o educador possa ter lá seus compromissos partidários pessoais, em sua vida cidadã; porque, afinal, ainda temos um ordenamento legal democrático que precisa ser desmontado primeiro, ingressando decididamente em um Estado ditatorial antes de impor uma censura ideológica em sala de aula como querem). Pensam que estamos em um regime fascista ou autoritário que não permite a convivência pacífica com pontos de vistas diferentes sobre fatos sociais, políticos e culturais que nunca são unívocos e lineares (só na cabeça de fundamentalistas simplórios com preguiça de pensar a dinâmica social e histórica). Nada conhecem das escolas dos Annales, de Weber, de todas as correntes humanistas e ficam presos a uma ideia completamente preconcebida do que seria o marxismo (desconhecendo a própria riqueza e pluralidade metodológica e política no interior do próprio marxismo).


Não precisamos nem nos aprofundar, eticamente, na própria epistemologia das ciências em geral (mesmo as ciências da natureza, que nunca se realiza em um vácuo ético desprovido de valores políticos mais gerais). Basta ficarmos nas ciências humanas mesmo. Por isto é que apontamos para o flagrante retrocesso jurídico e político neste movimento de defesa de uma suposta escola sem partido (que a escola pública, por exemplo, deva ser um lugar institucional que esteja acima das disputas partidárias estrito senso, mas aquém do abandono da defesa política dos valores das liberdades democráticas, sem discriminações de quaisquer naturezas, sejam políticas, sejam de gênero, sejam religiosas, sejam de raça etc.; é o que deveria ser; isto está mais perto do consenso social do que o que quer o movimento direitista da "escola sem partido" que não contempla a maioria esmagadora de todas as opiniões existentes no meio da intelectualidade brasileira e na esfera da educação amplamente plurais).

Escritora moçambicana no Brasil, em Brasília


Nenhum ser humano é capaz de ser perfeito e não cometer erros. Portanto, faz parte de nossa tradição histórica admitir que o ser humano, como indivíduo, é limitado e nunca poderá atingir um padrão perfeito que o coloque acima do bem e do mal, em princípio (portanto, pontualmente, aqui e ali, todos nós podemos cometer erros éticos sim). Por isto mesmo é que a democracia foi desenvolvendo sua esfera de existência para além do indivíduo e da esfera privada, o espaço político público ecumênico, suprapartidário e secularizado, na intenção de constituir um sólido espaço coletivo político mais plural e mais equilibrado onde todos possam conviver o mais pacificativamente possível dentro de uma esfera comum de interesses cívicos. Entretanto, é preciso conceber que a instituição escola pública, em tese, deve procurar estar acima da parcialidade pontual de um ou outro, sejam educadores, sejam estudantes, sejam gestores, no dia a dia do cotidiano político e em momentos de confrontos intensos e emocionais de ideias (que seja assegurada a liberdade de discussões livres, mas respeitosas, esta é uma questão; que a liberdade de discutir e discordar seja vedada de forma anti democrática, esta é uma outra questão ética que foge à esfera da legalidade constitucional no Estado de Direito democrático em que ainda vivemos e a ela nos opomos decididamente).


É com este repertório de princípios éticos e políticos que estou tentando manter um intercâmbio cultural e pedagógico com Moçambique, por exemplo (dentro do contexto de cumprimento da lei 11.645, em que devemos ensinar e valorizar a história e a cultura da África e dos povos indígenas brasileiros). Portanto, isto não implica em uma suposta neutralidade que sou incapaz de manter (afinal, sou brasileiro e tenho uma trajetória pessoal de vida intelectual, da qual não tenho motivos para me envergonhar, marcada por contextos específicos que, por mais que tente, não consigo abstrair absolutamente em meu discurso historiográfico). Difícil empreendimento, como é sempre difícil manter contatos diplomáticos éticos e respeitosos para com outros países (coisa que nosso atual ministro das relações exteriores, por exemplo, o interino e ilegal José Serra PSDB não consegue manter, porque não tem formação diplomática para ocupar tal cargo e está acostumado a impor sua parcialidade de forma absoluta, atropelando a tudo e a todos); mas possível.


Alberto Nasiasene


16 de julho de 2016 (afinal, o golpe militar na Turquia não prosperou).

Caro amigo Ricardo.


[...] Estou me preparando [psicológica e teoricamente] para visitar os povos indígenas que moram dentro da cidade do Rio de Janeiro. Quero ver se terei a oportunidade de gravar depoimentos de histórias de vidas deles. A história de vidaé uma metodologia que gosto de usar e é muito comum aqui no Brasil. Várias instituições de pesquisas realizam pesquisas em histórias de vidas, como o Museu da Imagem e do Som de Campinas, por exemplo. Esta metodologia de pesquisa historiográfica surgiu nos EUA depois dos anos 1940 e visava transformar em documentos permanentes, escritos ou gravados, os relatos orais de memórias pessoais de cidadãos comuns americanos. Na medida em que esta prática foi se desenvolvendo, a reflexão metodológica sobre ela foi amadurecendo cada vez mais (hoje temos inúmeros livros que abordam criticamente a metodologia de história oral). Por outro lado, vários centros de pesquisa em história oral surgiram pelo mundo afora e o Brasil tem alguns deles (inclusive o Centro de Memória da Unicamp, universidade de Campinas). Por isto é que gosto de usar esta metodologia, para somar a outras metodologias e fontes de pesquisa historiográfica que me ajudam aprofundar no conhecimento da história de meu país, pelo menos. Agora quero começar a aprofundar o uso desta metodologia de história oral para gravar depoimento de pessoas ligadas a estes povos indígenas brasileiros de que falo. Geralmente os estudos antropológicos falam deles como abstrações e não lhes dão direito a sua própria personalidade e é por isto mesmo que quero contribuir mostrando que eles não são abstrações, mas pessoas tão importantes quanto qualquer outro personagem histórico.

[...] Em Moçambique há sobrenomes étnicos? No Brasil, os índios são chamados pelo nome que recebem (às vezes, nomes portugueses, às vezes nomes étnicos próprios), mas acrescentados de um sobrenome artificial que indica a qual povo pertencem. Por isto é que o cacique Arassari, que é meu amigo, usa o sobrenome Pataxó (porque ele é do povo Pataxó, que pertence à macro-família jê).


[...]


Como [este] é um diário on-line, muitas vezes vou não só corrigindo [os textos que escrevi, fazendo a revisão a posteriori], mas acrescentando outros textos também [em meio aos trechos que já escrevi; perdi o receio de assim fazer, porque sei que sou o autor e posso sim acrescentar ou tirar trechos que quiser, a qualquer tempo, mas, claro, dentro de uma ética mais geral de não renegar simplesmente o que já escrevi, mas aperfeiçoar sim - se for o caso de renegar, deixo o texto original como foi escrito e faço um outro, paralelo a ele, reformulando minhas conclusões, porque sei que tudo o que escrevo é fruto de um conhecimento parcial e provisório, velho princípio científico não dogmático que aprendi].


Preferi mostrar [ao público] somente minhas palavras, por uma questão ética. Posso assumir claramente o que digo, correndo todos os riscos que isto me traz [...].

Como já lhe falei, em mensagens de voz, prefiro mostrar a realidade de Moçambique pelo ângulo da dignidade (não a ponto de esconder coisas não muito belas ou desagradáveis, mas ao ponto de também não ficar enfatizando todos os preconceitos anti-África e racistas com os quais convivo cotidianamente em minha atividade docente entre uma maioria negra). Nestes anos todos, fui aprendendo a ser afirmativo (no bojo das lutas por políticas afirmativas do movimento negro brasileiro anti racista), mais do que negativo (ou seja, preferimos afirmar mais do que combater atacando o racismo; isto quer dizer que preferimos, porque é mais eficaz, na luta anti racista, afirmar a dignidade do ser negro, do que viver em posturas condenatórias da opressão social dos racistas brancos e da sociedade racista).

Por exemplo, como, no Brasil, só se mostra o pior lado da África (inclusive para reforçar, consciente ou inconscientemente, preconceitos anti africanos), prefiro sempre mostrar o lado que não se mostra da África: o lado das grandes cidades, dos problemas urbanos, por exemplo [aqui há muitos que desconhecem o fato de que a África atual possui grandes cidades muito parecidas com as existentes no Brasil e nas Américas de modo geral]. Para uma criança negra brasileira, estas simples coisas têm um efeito imenso em erguer sua auto estima. Isto porque é claro que nenhum ser humano consegue resistir, com saúde mental, ao bombardeio constante que tenta lhe convencer que tudo relacionado a ele é "feio", "pobre", "doente", "inferior" etc. Não há autoestima que resista a esta visão parcial que só sabe ver o lado pior das coisas (que há sempre um lado menos bom, há, mas a vida não se resume somente a isto).

Há uma dignidade e beleza no povo moçambicano que gosto de mostrar


Aprendi a ver minha própria docência desta maneira afirmativa. Por isto é que costumo afirmar que não me importo com o que pensa de mim a classe média brasileira, que sei que me vê de modo depreciativo, exatamente porque sou um "simples professorzinho" não universitário, que dá aulas em uma escola pública e, pior ainda, frequentada por favelados (e negros). Aprendi com Paulo Freire que somos nós mesmos que temos que nos valorizar, com dignidade, imprimindo à nossa profissão a competência que obrigue os preconceituosos a pelo menos respeitar-nos (se não podem gostar do que fazemos, pelo menos devem reconhecer que temos competência profissional e dignidade de fazermos o que fazemos e não dependemos de aprovação alheia para demonstrar nossa própria dignidade).

Artistas moçambicanos

Estava falando isto agora mesmo, por escrito, com minha filha que está morando no Rio de Janeiro: a maioria dos antropólogos brasileiros nem tem interesse por estudar os índios brasileiros. É um paradoxo, mas bem compreensível dentro de um contexto de cultura acadêmica colonizada que ainda temos no Brasil. Um grande antropólogo brasileiro, Darcy Ribeiro, atacava duramente esta situação (e não por acaso Darcy Ribeiro era tão mal visto pelo staff acadêmico destes antropólogos, que, aliás, ao contrário do Darcy Ribeiro colaboraram sim com a ditadura militar).

Por isto é que quero gravar o depoimento de história de vida de uma índia que está fazendo o mestrado em antropologia no Museu Nacional, que pertence a uma das maiores universidades federais do Brasil, a UFRJ (minha filha estuda na outra, a UFRRJ, com um erre a mais, ou seja, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e está pesquisando a etnobotânica guarani). Por isto é que prefiro ensinar para ela que o mais importante é a qualidade da pesquisa e a obra que fazemos, não a nossa pessoa (e porventura os títulos e prebendas todas tão ao gosto lusitano de gente esnobe que gosta de usar suas posições acadêmicas como sinal de um status bem ibérico que tanto detestamos, pelo menos eu).

Quero ajudar Moçambique a se relacionar com o Brasil de forma mais digna e afirmativa. Não sei como, mas estou conseguindo, aos poucos, com sua ajuda, a fazer isto.

Como já lhe disse, quando me aposentar (se sobreviver até lá), quero dedicar os anos finais de minha vida a ajudar Moçambique em sua dimensão educacional (talvez indo aí realizar cursos e ajudar a dar uma formação pedagógica continuada aos educadores moçambicanos).

Há países com interesses geoestratégicos diferentes do Brasil em Moçambique

O Brasil tem uma grande dívida social e histórica com Moçambique (parte de nossa riqueza decorre do que foi sugado de Moçambique, a começar pelos escravizados que foram arrastados para cá, através daqueles navios horrorosos chamados de tumbeiros). Esta é uma afirmação que faço não por piedade, nem por suposta consciência espiritual, mas por consciência marxista mesmo (pensem o que quiserem pensar de mim, que sou um "perigoso subversivo comunista", como se pensava durante minha infância e adolescência). Ou seja, parte do que tornou o Brasil como é, devemos ao povo de Moçambique; que foi arrastado para este país, que é o meu país, como mercadoria semovente (como afirmam ainda hoje do gado). Tenho esta consciência (não é sentimento de culpa pessoal, porque não posso ser responsabilizado pessoalmente pela escravidão de séculos anteriores), porque tive uma formação em ciências sociais e fiz minha própria autocrítica de minhas origens. Quero, se possível for, devolver para Moçambique, simbolicamente, o que de lá veio em minha vida:

Penso que o Brasil está mais ligado aos países de fala portuguesa da África do que Portugal [e é nossa responsabilidade criar inúmeros canais de comunicação, intercâmbio comercial, político, cultural, afetivo etc.; sem paternalismo e sem espírito imperialista colonizador]. O Brasil ainda não desempenha o papel que poderá um dia vir a desempenhar na África, mas creio que mais cedo ou mais tarde este papel virá a ser desempenhado [especialmente com nossos países irmãos de língua portuguesa; mas sem assumir, nunca, a postura arrogante e paternalista de uma Metrópole colonial que nunca fomos, como Portugal foi e continua a ter esta postura de paternalismo condescendente, do ponto de vista dos mais generosos portugueses, para com suas ex colônias, e dominadora, no ponto de vista dos descendentes da antiga elite colonial]. Inclusive porque somos a maior nação de falantes do português (afinal atingiremos o número de 300 milhões de falantes daqui a algumas décadas neste século; já temos 204 milhões). Só para você ter uma ideia das dimensões deste país em que vivo: Portugal tem uma população menor do que a região metropolitana de São Paulo capital (e o estado de São Paulo é quase duas vezes mais populoso do que Moçambique).

Isto quer dizer inúmeras coisas, entre elas, que o mercado interno brasileiro é incomparavelmente muito maior do que o português. Além disso, a identidade cultural brasileira com a África, apesar de todos estes problemas de que tenho falado, aos poucos irá sendo superado todo este racismo burro, é muito maior do que a que existe com o ex colonizador português (aliás, no Brasil, o personagem português sempre aparece como o indivíduo burro da piada)[com todo o respeito aos portugueses, creio que isto foi uma maneira do povo brasileiro compensar a humilhação do domínio colonial dos portugueses; mas, evidentemente, pessoalmente, eu nem gosto deste tipo de piada que coloca quem quer que seja em situação inferior e vexaminosa]. Este pequeno detalhe, o de que nos livramos do colonialismo português (não tanto quanto ainda desejamos) há muito mais tempo do que vocês pode nos aproximar muito mais do que imaginam os esnobes portugueses de hoje da Comunidade Europeia (na verdade, os portugueses, aquele pequeno país da Península Ibérica, só são o que são hoje, graças à Comunidade Europeia; mas, agora que a Inglaterra, antiga protetora de Portugal, saiu da União Europeia, não se pode garantir nada e os portugueses que, anos atrás, especialmente na década de 1980 tanto humilhavam os brasileiros que iam para lá como imigrantes, vão ter que engolir o orgulho besta deles, porque o Brasil é sim o maior país da comunidade lusófona tanto quanto os EUA são o maior país da comunidade britânica, em todas as dimensões, desde a populacional, até a econômica, afinal, bem ou mal que seja, ainda somos a sétima economia do planeta e estamos a caminho de nos tornar, a despeito dos desejos colonizados pequenos de uma parcela de nossa elite, na quinta economia do planeta antes de chegarmos à segunda metade deste século).


Alberto


Brasil, 14 de julho de 2016

O enorme potencial turístico ainda nem começou a ser explorado pelo Brasil em relação a Moçambique. Mas creio que a indústria do turismo brasileira tem muito o que contribuir com Moçambique, porque temos paisagens semelhantes e o nosso país tem mais tecnologia e experiência na área de exploração deste potencial interno (experiência que pode compartilhar com Moçambique).


Rota Mogiana de Alberto Nasiasene é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil.

Based on a work at www.rotamogiana.com.


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