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É bacana poder estar em contato cotidiano com Moçambique


Por causa da seguinte pergunta, feita por um diretor de escola primária, em Moçambique, com o qual estou realizando um intercâmbio pedagógico-cultural: Professor o que significa bacana?, passei a refletir sobre elementos do cotidiano cultural e linguístico nos quais estamos imersos sem nos dar conta. Só quando entramos em contato cotidiano com outros falantes da mesma língua portuguesa, mas habitantes de outros países que foram ex colônias de Portugal, é que nos damos conta de que falamos o português de um modo particular que nos distingue tantos dos habitantes de Portugal, quanto de suas ex colônias africanas, por exemplo.

Lourenço Marques, como era chamada Maputo na época colonial


É comum pensarmos que os habitantes de Angola e Moçambique, falantes do português (como língua oficial) falam com sotaque de Portugal, mas, depois de um certo tempo de contato cotidiano com eles e depois de um mínimo esforço comparativo, vamos nos dando conta de que não é bem assim. Em Moçambique e em Angola eles não falam como em Portugal não. Por várias razões, entre elas porque a pronúncia deles é influenciada, de modo indireto, pelas línguas maternas africanas originais (por isto mesmo é que um falante do xishangana, ou um falante do swahili, ou um falante do quimbundo ou ovimbundo não falam o português com o mesmo sotaque, muito menos com o sotaque de Portugal). É difícil de entender, à primeira vista, mas quando refletimos um pouco mais, nos damos conta que nem o Brasil fala de um mesmo modo, de norte a sul e de leste a oeste de seu território, porque há sotaques regionais (alguns linguistas preferem falar em dialetos internos do português, não meramente falares regionais).

Língua portuguesa falada em partes do mundo


Além disso, já nos acostumamos em saber que nossa variante do português (um linguista diria que falamos um dialeto do português, o dialeto do português brasileiro) é enriquecida por mais de 40 mil vocábulos indígenas e mais de 40 mil vocábulos africanos que foram incorporados ao nosso falar desde os longos tempos coloniais iniciados no século XVI. Já ouvi da boca de certos pseudo-portugueses arrogantes (e ignorantes), dogmaticamente, (na verdade, colonizados cabo verdianos pertencentes ao clero da Igreja do Nazareno) desprezarem esta afirmação, querendo dizer que nós brasileiros não falamos um português "castiço" (é tão ridícula tal concepção que não vale a pena dar-lhe muito crédito). Há muito tempo que não temos mais um complexo de inferioridade face a Portugal, desde pelo menos o século XIX e desde que o grande escritor José de Alencar começou a afrontar as pretensas regras dogmáticas de gramática provindas do falar português em Portugal, para defender uma nova normatização gramatical mais próxima ao nosso falar no Brasil (enfrentando toda a agressividade de setores dogmáticos brasileiros do século XIX que não pensavam que poderíamos assumir as rédeas normativas de nossa própria gramática dita culta).

Uma das cidades de Moçambique, na época colonial


Nem quero entrar aqui na questão da "norma culta" (farei isto em outros textos, com mais detalhamento). Quero apenas me fixar na norma culta estabelecida pelas classes dominantes brasileiras desde o século XIX, demonstrando que ela já nasceu de uma rebeldia face à variante do falar português de Portugal do século XIX. Mas, se formos aprofundando esta questão historicamente, veremos que o português, como todas as outras línguas vivas, é o resultado de um longo processo histórico que nunca irá acabar, de modo que vamos nos acostumando com as variantes históricas de nossa própria língua quando lemos textos mais antigos e vamos constatando que tanto as questões lexicais, quanto ortográficas, quanto gramaticais vão se alterando inevitavelmente com o tempo. Só o latim falado oficialmente pelo Vaticano, o sânscrito sagrado da Índia, ou o grego escrito dos filósofos da Grécia Antiga é que ficaram congelados no tempo e, por isto mesmo, são línguas mortas. Nem o hebraico moderno, falado em Israel, pode ser considerado uma língua morta, porque não é mais um idioma mumificado, já que foi ressuscitado de forma consciente pelas lideranças fundadoras do moderno Estado de Israel contextualizando-se ao século XX e prossegue agora em seu próprio processo histórico como todas as outras línguas vivas da humanidade.

Disse ao meu amigo Ricardo Manganhe que a palavra "bacana" é uma gíria. Ou seja, uma palavra que não está no dicionário necessariamente (dependendo do dicionário, porque alguns dicionários são mais amplos e incluem também gírias). Um neologismo (Bacana quer dizer que uma coisa é boa, que é bonita, que é aceitável etc.). É o mesmo que dizer, "legal" (mas aqui, sem a conotação de ser de acordo com as leis, porque é sinônimo de "bacana" também). Ou seja, como falamos o português desde crianças de colo, como primeira língua (ao contrário da experiência de uma criança nascida em Moçambique), temos a ousadia de criar palavras novas e acrescentar ao vocabulário usado pela sociedade. Por isto, no Brasil, temos muitos destes termos (geralmente inventados ou por adolescentes ou por adultos jovens) que marcam gerações. Alguns deles vão sendo incorporados ao português da norma culta posteriormente e ficam estáveis no léxico da língua (enquanto que outras palavras, mesmo que não sejam gírias inventadas por adolescentes, vão caindo em desuso e se tornando arcaicas, ou, como se escrevia antes, archaicas). Como temos uma língua viva em processo histórico, é claro que o português que se fala hoje no Brasil não é o mesmo que se falava no século XIX (por exemplo, ninguém escreve mais "cousa" e sim coisa). Isto é bem patente para historiadores acostumados a lidar com textos históricos como documentos de época, mas não para quem se apega dogmaticamente à gramática livresca de sua época sem perceber que aquilo ali também é fruto de um processo histórico que está, inevitavelmente, em mudança.

Rei Gungunhana e esposas


Em minha infância, passada em Brasília, lembro que meu avô, o coronel Ademar Naziazene (a grafia do nome dele é diferente da grafia de meu sobrenome que herdei dele), conservador como era, não aceitava de modo algum estas gírias, reprimindo-as dentro de casa (dava até medo de falar como falávamos com nossos amigos de infância, na presença dele, quando ele estava no nosso apartamento, porque ele sempre nos reprimia, como militar autoritário que era). Ele ficava furioso com este termo, por exemplo, "legal" (que, para ele, queria dizer apenas tudo o que estava relacionado com as leis, é claro, como militar e ex delegado que foi). Penso que esta atitude dogmática em relação ao vocabulário que ele demonstrava tinha tudo a ver com a formação autoritária e positivista dos militares brasileiros (não que os militares, em parte alguma do mundo, possam ser lá estas pessoas flexíveis como os artistas geralmente são; mas que o conceito de autoridade e hierarquia militar pode ser diferente de centralismos autoritários mecanicistas com forte conotação positivista podem). Não por acaso, as questões linguísticas são parte importante da alma de um povo, de sua cultura. A cultura não se resume à língua, mas a língua é parte importante dela. É sua alma (mesmo que o corpo da cultura, o sangue da cultura e os ossos da cultura sejam bem mais do que a língua). Um povo pode perder sua língua, como é comum na história de muitos dos povos indígenas originários de nossa terra, mas ainda assim, manter sua cultura (fenômeno que não quero analisar aqui).

Primeira Mesquita de Maputo


Portanto, uma das maiores violências que se comete contra povos, é tirar-lhes o direito de falar sua própria língua. Isto aconteceu nos inúmeros processos colonizadores mundo afora, não só no Brasil. Aconteceu também na ocupação japonesa da Coreia, porque a língua coreana é completamente diferente da língua japonesa (nem fazem parte do mesmo tronco linguístico, assim como as diversas línguas latinas ou anglo-saxônicas fazem). Ou seja, os militares japoneses, da ditadura militar imperialista que começou bem antes da Guerra e foi até 1945, proibiram os coreanos de falarem sua própria língua durante a ocupação 1910-1945(imaginem um brasileiro sendo proibido de falar o português e tendo que falar alemão...). Este é um processo histórico que está intimamente ligado aos direitos humanos e é um calcanhar de Aquiles para países como Espanha (que oprime os idiomas catalão, galego e basco) e Inglaterra (que oprime o idioma gaélico falado originalmente na Escócia, Irlanda do Norte e Gales), por exemplo.

Às vezes, estas gírias brasileiras são originadas de releituras de palavras indígenas, do tupi-guarani, por exemplo. Por isto que o português falado no Brasil é muito mais rico, em termos vocabulares, do que o português falado em Portugal (mas não pensem com isto que o português falado em Portugal seja uma língua pretensamente pura, porque ele já é o resultado da incorporação de inúmeros vocábulos de origem fenícia, grega, celta, ibéricas, árabes; sem contar com o fato histórico de que ele surgiu de uma deturpação do latim clássico, que, por sua vez, é uma das línguas do tronco indo-europeu). Além disso, os linguistas dizem que nosso português falado no Brasil é originado do português falado em Portugal no século XVIII, por isto é que mantivemos as vogais bem fortes, enquanto que os falantes da língua, em Portugal, tendem a engolir as vogais. Neste caso, nós brasileiros fomos os que preservamos melhor uma característica antiga do português, antes da introdução da tendência de engolir as vogais no português de Portugal que só surge depois do nosso desligamento histórico da Coroa Portuguesa. Mas é preciso que se diga que há várias maneiras de se falar o português, mesmo em Portugal (alguns autores falam em dialetos locais do português continental na Europa, dentro do pequeno país que é Portugal). No Brasil, um país quase continental, é a mesma coisa. Aqui chamamos estas variações de "sotaque" (os falantes da língua castelhana dizem "acento" e alguns gramáticos dizem "prosódia"). Portanto, o sotaque paulista é bem diferente do sotaque carioca (o português falado no Rio de Janeiro). Em São Paulo há a tendência de se marcar um erre alveolar (acima dos dentes), enquanto que no Rio de Janeiro há a tendência do erre ser velar (no fundo da garganta). Na prática, o erre ao fim das palavras, em São Paulo, fica bem marcado, mas na boca dos cariocas ele tende a desaparecer. Ou seja, o paulista fala maRR (como o r de restaurant, em inglês) e o carioca fala ma (com o erre desaparecendo).

Talvez o português paulista tenha recebido forte influência do falar hispânico (por causa da história colonial paulista), além de ter recebido forte influência dos falares italianos. São Paulo foi o estado brasileiro que mais recebeu imigrantes italianos (mais de um milhão deles entrados entre o final do século XIX e início do século XX). Esta "italianada" deixou sua marca em várias dimensões do cotidiano paulista (não só nos sobrenomes das pessoas), mas também no sotaque, nas comidas, nas artes etc.

Os cariocas, por sua vez, falam do jeito que falam hoje, graças à influência que receberam da corte portuguesa, fugida de Napoleão Bonaparte, em 1808. O príncipe regente D. João VI, com a mãe, D. Maria, veio para o Brasil e se refugiou no Rio de Janeiro. Com ele vieram aproximadamente 15 mil pessoas entre nobres e altos funcionários da corte e seus agregados. Isto causou um profundo impacto na cidade do Rio de Janeiro que tinha somente aproximadamente 30 mil habitantes. Por isto é que o falar carioca é influenciado pelo sotaque da região da Estremadura de Portugal, onde fica Lisboa; com o esse final nas palavras se parecendo com um chiado. Ou seja, eles falam deisch (dez), enquanto que um paulista fala dez de forma sibilada. Vou mandar mensagem de voz, porque é difícil entender isto por escrito.


II


Quero aprofundar o estudo antropológico sobre a religiosidade de matriz africana, sob o ângulo antropológico, e pesquisar a religião em Moçambique, por exemplo (mas sempre a partir de um enfoque antropológico e historiográfico). Até que ponto as chamadas religiões afro brasileiras são a transplantação da religião africana não sei (nem sei se é possível falar em religião africana, mas em religiões africanas diversas).

No caso do candomblé, fica claro que é uma religião com raízes em países que hoje não são falantes da língua portuguesa e não são da família banto, mas sudanesa. A outra religião afro brasileira de que já falei é aumbanda (com raízes nos grupos bantos, mas em forte sincretismo com outras raízes ameríndias e europeias).

Gostaria de entender melhor a religião tradicional de Moçambique (que não seja relativa ao cristianismo ou ao islamismo que sei que existem também em solo moçambicano).

Aqui no Brasil, há muitos preconceitos relativos a tudo o que diz respeito à África. Muitos brasileiros aprendem que tudo o que é relativo à África é "macumba" (demoníaca). É muito irritante ensinar e estudar com mais profundidade as realidades africanas por causa deste tipo de preconceito (e olhe que a maioria dos estudantes é negra ou mestiça). Por isto vou mandar um link com um verbete sobre o candomblé (religião de matriz africana que muitos de nossos estudantes aqui consideram "demoníaca").

Corpo de embaixador moçambicano chegando em Maputo


Este grupo de intercâmbio, via Whatsapp, que criei é só uma maneira a mais de contribuir com algum conhecimento a respeito de Moçambique. Mas não se pretende dono de verdades absolutas e definitivas sobre nada. Além disso, lê quem quer ler. Ninguém que está inscrito no grupo é obrigado a responder nada. Faço parte de outros grupos sobre nossos povos ameríndios, mas, a maioria das vezes, não interfiro, só leio, por cima, o que escrevem ali. É apenas uma maneira de manter contato. Há pessoas que ficam assustadas ou são é muito agressivas mesmo, diante das diferenças. Fazer o quê? Paciência...

Problematizar, com fundamentos metodológicos conceituais (que não estão embasados na mera opinião pessoal desprovida de base empírica), tudo o que nos envolve é dever de qualquer educador. Portanto, nada mais normal do que questionarmos, desde que com respeito e com embasamento científico. Isto nos ajuda a crescer intelectualmente e eticamente. Por isto vou compartilhar algumas palavras problematizadoras da pesquisa sobre a história da África e a sua influência na cultura e sociedade brasileiras.

Estou pesquisando, por exemplo, as questões relativas às línguas de Moçambique, ao mesmo tempo em que tento entender melhor a história e a cultura desta região da África (já percebi que não se pode entender Moçambique sem conhecer o seu entorno, até porque as mesmas línguas e etnias pré coloniais não são contempladas pelas mesmas atuais fronteiras). É muito difícil, para um brasileiro, entender minimamente a história moçambicana, por várias razões, entre elas porque até pouco tempo não havia fontes disponíveis para os próprios historiadores brasileiros a partir do Brasil. Hoje a presença da internet facilita, mas creio que ainda há muito o que se fazer para tornar esta história mais acessível ao cidadão comum brasileiro, por exemplo.

O que acontece aqui no Brasil, entre o próprio movimento negro, como já me referi outras vezes, é que há muito de imaginação que se projeta numa ideia hipotética da África que não bate com a realidade histórica concreta da África, muito menos com a realidade social, econômica e cultural da África atual. Fala-se muita bobagem sobre a África, mesmo entre o movimento negro (creio que estes estereótipos relativos à África que há no próprio movimento negro estão mais relacionados à região da Nigéria, Benin etc.).

Há muito desconhecimento sobre Moçambique (e talvez seja isto um dos fatores que me fazem ficar mais comprometido com Moçambique, por exemplo, do que com Angola). O que se sabe sobre esta mitológica África é a versão surgida no Brasil dos cultos afros brasileiros. No caso, os de origem angolana estão mais próximos a uma religião afro brasileira muito difundida, a umbanda. Entretanto, qualquer historiador ou antropólogo que estudar a umbanda como se pratica Brasil afora, logo verá que este conjunto de crenças não pode ser atribuído inteiramente à origem supostamente africana, porque é perfeitamente visível um amálgama de crenças que tem origem supostamente nas crenças de povos ameríndios brasileiros e muito de concepções kardecistas (como o conceito de "evolução espiritual" dos espíritos que é bem próximo da religião surgida na França, liderada por Allan Kardec, chamada de espiritismo kardecista).

Algumas questões bem presentes na história da África real são bem desconcertantes de serem ouvidas por pessoas ligadas ao movimento negro organizado brasileiro: por exemplo, é pouco difundido o conhecimento de que há povos negros africanos cuja religião é o Islã (ficam chocados quando afirmamos isto). Mais ainda, quando se fala que eram os muçulmanos negros, muitas vezes, os que vendiam escravos africanos para os portugueses (uma vez disse isto para uma moça de um movimento negro e ela não só ficou chocada comigo, mas veio com uma série de argumentações agressivas, como se eu estivesse a dizer alguma mentira sobre a história africana).

Mapa de uso da internet, em termos comparativos


Isto deve acontecer porque, aqui, no Brasil, pensa-se a África de um modo mais emocional e ligado a tradições religiosas (que, na verdade, muitas vezes, nem são de origem africana, como é o caso da influência do kardecismo na umbanda ou as crenças supostamente indígenas desta religião afro brasileira) que estão muito mais no cérebro de quem acredita em tais coisas do que na realidade concreta da África, tanto a histórica, quando a social, econômica e cultural dos inúmeros povos africanos reais ainda existentes naquele continente. Por isto mesmo é que penso que devemos estender e consolidar nosso diálogo com a África, especialmente com os países de fala portuguesa, para que entendamos melhor nossa própria história. Entretanto, para que isto possa acontecer, é preciso ter abertura para o diálogo e reconhecermos, com honestidade, nosso desconhecimento sobre a história da África em diálogo com africanos propriamente ditos. Temos que pelo menos perguntar sobre a realidade deles e aprender com eles o que é a realidade da África, no ponto de vista deles. Isto é, não dá para projetarmos na África aquilo que supomos que ela seja (como podermos supor, só por causa da existência de tradições, respeitáveis que sejam, que sobreviveram nos cultos afro brasileiros?). Penso que está na hora de superar esta curta visão sobre a história da África, alargando horizontes de pesquisa e diálogo com os próprios africanos para irmos averiguando até que ponto os resquícios de cultura africana que sobreviveram, depois de tantos séculos de escravização de africanos que para cá vieram, são originários ou não da África (de quais povos, de quais áreas geográficas?) ou se foram elementos que se foram transformando e moldando no entre choque cultura violento que a escravização causou no Brasil, misturando povos de diferentes origens, convivendo com etnias ameríndias e com o colonizador português deste lado do Atlântico.

Mia Couto, o escritor moçambicano mais conhecido no Brasil


Por isto mesmo é que a lei criada para obrigar o ensino da história da África e a valorização da cultura africana (ao mesmo tempo dos povos ameríndios brasileiros) é uma grande avanço sócio cultural no Brasil. Mesmo que saibamos que só porque há uma lei, no caso, a lei 11.645, isto não quer dizer que automaticamente ela será cumprida por todos os professores envolvidos diretamente com a obrigatoriedade de estudo e ensino sobre esta temática; o fato de termos uma lei que induz e obriga, especialmente aos professores de história é importantíssimo para a educação de novas gerações brasileiras. Somos obrigados a ir à luta e buscar nos aprofundar no conhecimento da história africana e dos povos ameríndios, para cumprir nosso papel de educadores de história e isto, pelo menos no meu caso, é muito estimulante. Sinto-me não só desafiado, mas orientado, como um bússola que me aponta um norte de pesquisa, para dedicar todo o meu tempo disponível e não disponível para aprofundar-me nesta pesquisa e sinto que irei fazer isto até o fim de meus dias. Espero poder contribuir com o aprofundamento do conhecimento concreto da história africana e dos povos ameríndios (tarefa hercúlea) e ajudar ao meu país se tornar, quem sabe, uma democracia racial mais perto do que realmente deveria ser (com a valorização de nosso componente indígena e africano em igual medida com o componente europeu).


Alberto Nasiasene


Jaguariúna, 27 de agosto de 2016



Rota Mogiana de Alberto Nasiasene é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil.

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