Vladimir e o curta metragem
Em meio à reorganização de minha biblioteca, reencontrei dois livretos que me foram ofertados por Vladimir Carvalho, um sobre curtas e outro de poesias. Na folha de rosto dos livretos, ele escreveu, de próprio punho, sua dedicatória para mim. Quando me foram ofertados tais livros, eu ainda era estudante de sociologia na UFPB, em Campina Grande, mas tinha feito uma primeira viagem de férias à Brasília, no final de 1982. Fui fazer uma visita a Vladimir e minha prima Socorro, no apartamento deles na Asa Sul, e, quando voltei para a Paraíba, comecei a escrever uma carta para eles que não parou mais de crescer (porque eu, como estudante universitário morando em pensão fora de casa, vivia sem dinheiro até para colocar uma carta no correio). Como já disse inúmeras vezes, foi esta carta escrita para Vladimir: Socorro que se transformou num livro ao qual dei o nome de Ensaio Geral, diários da militância estudantil nos anos 1980.
A forte emoção que senti agora, ao redescobrir estes livros, por entre minha biblioteca (estavam atrás de outros livros, em uma das prateleiras de uma das estantes, por isso é que não os estava vendo há tempos, já que, para ganhar mais espaço útil em minha biblioteca, por falta de dinheiro para comprar novas estantes de aço cada vez mais, tive que colocar alguns livros no espaço de trás da estante, com uma fileira de livros na frente) aconteceu porque não tinha como provar, documentadamente, o que tenho afirmado ultimamente, que Vladimir me influenciou muito fortemente e que, em minha juventude, eu realmente quis fazer filmes, quando estava estudando sociologia na Paraíba.
Vou inserir aqui os slides que fiz do livro com a dedicatória, como comprovante documental do que tenho afirmado (para que não pensem que estou exagerando, ao fazer afirmações que tenho feito). Vejam ele se referindo a mim como meu primo e como poeta (vindo dele, isto quer dizer muito para mim). Como todos sabem, a relação familiar que tenho para com ele é porque ele se casou com a prima de meu pai Maria do Socorro Nóbrega Coutinho (Socorro, como costumamos chamar). Isto quer dizer que não somos realmente primos de sangue, somos apenas primos, em segundo grau, por afinidade. Primo em segundo grau eu sou mesmo é de Socorro (mas a relação familiar que tenho com ela não é uma relação distante). Portanto, estes livros, para mim, são verdadeiras relíquias (que a gente guarda com todo carinho).
Alberto Nasiasene
Jaguariúna, 21 de fevereiro de 2008
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