A Cinememória de Vladimir Carvalho
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Por incrível que pareça, mesmo não tendo completado ainda sequer um ano que estou com esta câmera filmadora digital (porque somente a comprei no final do mês de maio de 2008), já estou preparando, além de dois projetos que já entreguei para os meus parceiros no Museu da Imagem e do Som de Campinas, mais três ou quatro projetos que já estão em andamento (ou seja, com muitos planos que já foram feitos e estão arquivados esperando o momento de serem melhor estruturados e finalizados enquanto documentários) e poderão ser finalizados até o final deste ano de 2009.
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Não quero ser apressado, nem atropelar as etapas de maturação mínimas necessárias a uma boa realização documentária. Sei que muitas imagens que já colhi ainda deverão ficar mais tempo sendo maturadas e que outras nunca serão aproveitadas para a construção de algum documentário específico porque já aprendi a diferenciar entre uma filmagem pura e simples e um processo, mais complexo intelectualmente, que vem a constituir um documentário. Nem tudo que é filmado pode ser considerado um documentário, claro. Um documentário possui, seja lá em que semântica e em que dimensão estética estiver plasmado, uma estrutura narrativa qualquer (mesmo que não haja propriamente uma narração em sentido clássico, porque muitas vezes esta narração se dá é pela própria estruturação das imagens que compõem uma linguagem cinematográfica específica diferenciada do cinema de ficção). Ou seja, é necessário ter uma história para ser contada (no caso, prefiro usar esta expressão com a letra H mesmo, porque, de um jeito ou de outro, trata-se de uma trama concreta qualquer que se constitui como um tipo específico de representação sobre a realidade, diferente da trama ficcional, ao qual nós nos acostumamos a chamar, depois de cem anos de cinema, de documentário). Portanto, sei que nem todas as imagens que estou gerando agora podem ser coladas umas às outras para formar uma história coerente a ser contada. Muitas delas são o registro bruto de certos elementos da realidade que quero capturar como simples ser humano e não têm uma destinação predeterminada. Sei que uma filmagem não é uma fotografia, mas, de alguma maneira, mesmo com a filmadora, quero realizar algumas tomadas que estão a meio caminho entre a dimensão fotográfica e a dimensão cinematográfica. Pura necessidade de documentar, num sentido historiográfico mais restrito à perspectiva de um historiador profissional, estrito senso, certas imagens atuais para continuar a desenvolver meu acervo histórico de imagens que sei que serão úteis não somente a mim mesmo, quando chegar à velhice, mas para os pesquisadores futuros.
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Como costumo dizer neste momento de iniciante na era das filmagens digitais, estou pensando mais em termos de montagem de blocos de imagens digitais em movimento, separados uns dos outros, que aprendi a chamar de planos, pela incorporação do vocabulário cinematográfico em língua portuguesa que já fiz após intensa pesquisa teórica prévia, como relatei em outros e-mails, porque já estou tendo em mente possíveis colagens dos planos que estão sendo gravados, mesmo quando não sei exatamente ainda onde tudo aquilo irá me levar, quando parar para começar a ver que documentário concreto é este que está começando a sair em meu computador através do editor digital de imagens em movimento. Por isso é que falei para Vladimir Carvalho, logo ao chegar à Fundação Cinememória, em meados de janeiro agora, que iria realizar algumas tomadas não muito longas para ficar mais fácil depois fazer as colagens que fossem possíveis na construção de possíveis sentidos que ainda seriam pensados e elaborados posteriormente. Portanto, estava pensando muito mais em termos de colagens do que em cortes (e des-colagens) de planos, ao fazer minhas tomadas que já são feitas conscientemente como recortes de uma determinada realidade desde que praticava exclusivamente a fotografia propriamente dita. Isto também quer dizer que procuro aproveitar ao máximo as formas e os conteúdos dos momentos concretos que estou enquadrando no visor (tanto da máquina fotográfica, quanto no visor da filmadora) numa direção que possa manter em tensão dialética estes dois polos da realidade, a forma e o conteúdo. Se eu atingir esta meta, consigo realizar no próprio momento da tomada um trabalho que não exigirá de mim, posteriormente, grandes esforços adicionais de re-trabalho ou de trabalho adicional na tentativa de corrigir ou criar outra realidade em cima do que foi captado. Além disso, já sei, por experiência reflexiva intensa em fotografia digital, que se não consegui a conjugação íntima entre conteúdo e forma (em meio ao intenso movimento concreto da vida ao meu redor que sempre está em fuga constante em direção a um determinado ponto de perspectiva que permanece incógnito para mim num presente que se esvai eternamente em direção a um futuro desconhecido), não poderei mais voltar atrás no tempo e corrigir determinados ângulos, porque as configurações históricas concretas já são outras (e eu não trabalho com atores de teatro em uma peça teatral, mas com a histórica concreta mesmo e seus atores sociais reais em sua trama imprevisível). Talvez isto também tenha a ver com a mentalidade de um historiador que foi formado no materialismo dialético e histórico (e que ainda tem muito presente em sua mente, mesmo que transformada, a influência do filósofo marxista judeu húngaro Georg Lukács).
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Em meu diálogo com Vladimir, neste segundo documentário que está sendo feito agora com sua parceria e a do MIS-Campinas, é possível ver que eu estava pensando mais em termos de colagens (ou bricolagens) do que de cortes, como Vladimir diz. Talvez isto seja revelador de experiências e vivências distintas com base em suportes tecnológicos completamente diferentes. Como lhe disse ontem, dia 29 de janeiro, se não fosse a era digital, jamais poderia ousar me aventurar nesta empreitada fascinante de gerar imagens em movimento (mesmo que em dimensão mais cotidiana e artesanal do que no grande cinema documentário de um Vladimir Carvalho) porque de modo algum, a estas alturas de minha vida, com quase quarenta e nove anos (vou completá-los no próximo dia 3 de fevereiro), poderia bancar os custos financeiros de uma tal empreitada. Quando comecei a fazer o curso em que você e o Batata foram meus professores, provavelmente eu ainda estava pensando nestes termos da velha era do antigo suporte material e tecnológico que está desaparecendo, porque ainda não havia me convencido suficientemente de que estamos no limiar de um novo momento da criação de imagens em movimento que está causando uma verdadeira revolução somente comparável à própria invenção da fotografia e do cinema cem anos antes (por isto é que eu dizia inicialmente que não queria fazer filmes, mas apenas me aperfeiçoar enquanto fotógrafo amador que precisava amadurecer mais para continuar a gerar meu acervo iconográfico como ferramenta de trabalho). Ou seja, a produção de imagens digitais está redimensionando, tecnicamente, todo um imenso universo que já vinha sendo trabalhado por inúmeros artistas e produtores de imagens na era da película. Claro que estou focando a estrita dimensão técnica para falar neste re-dimensionamento, não na dimensão estética em si mesma. Os problemas imediatos que estão despontando são, em sua maioria, problemas ligados diretamente aos aspectos estritamente tecnológicos, muito mais do que aos aspectos estéticos. Quero dizer com isto que a era digital, em si mesma, não redimensiona a estética das imagens e dos sons, porque a estética é algo mais conceitual e intelectual do que meramente material (mesmo que numa dimensão mais abstrata como a dimensão eletrônica e quântica na qual está baseada a era digital; é uma matéria e uma energia menos concreta do que a película, mas, ainda assim, é a matéria/energia da velha equação de Einstein). O que a era digital está redimensionando drasticamente é a esfera quantitativa na medida em que está causando toda esta revolução econômica, estritamente falando, em que os custos estão caindo a tal ponto que um simples professor de história do ensino fundamental de uma rede pública municipal no estado de São Paulo, como eu, já pode comprar sua câmera filmadora (uma Handycam) e seu pequeno e portátil laboratório individual de imagens (o lap top).
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
O que há de novo aqui é esta súbita democratização assombrosa (para quem foi criado sob a ditadura militar em Brasília e nasceu em 1960) dos dispositivos de registro de imagens por causa do barateamento dos custos, já que não se precisa mais dos antigos filmes em película tanto para se fazer uma fotografia, quanto para se filmar (fato que, por si só, já explica parte desta revolução assombrosa e da crescente democratização da possibilidade de se gerar imagens em meio às sociedades modernas no século XXI). Cada vez mais, massas de indivíduos, desde a classe média (e não somente alguns círculos privilegiados entre ela, como acontecia anteriormente na era da película) até às "classes populares," estão produzindo milhões e trilhões de imagens, num ritmo alucinante, tanto imagens paradas quanto imagens em movimento. Claro que isto cria uma infinidade de novos problemas e novas soluções que não existiam antes na era do reinado absolutista da película (problemas e soluções que precisam ser pensados com muita seriedade e profundidade, inclusive através de novos conceitos que precisam ser gerados por nossa intelectualidade). Entre os possíveis problemas que estão sendo gerados simultaneamente a estas novas realidades midiáticas está o problema de como se irá cuidar destes imensos arquivos, numa dimensão de documento histórico que tem a imagem para um historiador. Somente a classificação, catalogação e conservação deste imenso patrimônio documental que está sendo gerado nesta proporção astronômica neste início de século exige de nós que lidamos com arquivos históricos um imenso esforço de trabalho (não somente de trabalho físico e de tempo é que estamos falando, mas também de esforço intelectual de pensar a própria classificação, organização e conservação deste imenso patrimônio de modo que possa ser acessado e pesquisado futuramente pelas futuras gerações de pesquisadores que se debruçarão sobre este nosso século XXI tentando conhecê-lo e analisá-lo). Há, por outro lado, um enorme descompasso entre o aumento quantitativo da geração de imagens face à qualidade estética desta multidão inumerável de imagens que jorram sem parar à volta do planeta. A quantidade, por si mesma, não gera necessariamente um avanço qualitativo (sequer gera a permanência mínima de qualidades já alcançadas anteriormente pelas elites intelectuais que tinham acesso à produção de imagens); embora eu goste de pensar que há certas qualidades que só são possíveis graças à quantidade (a massa crítica necessária para que haja uma determinada explosão que altera qualitativamente a existência da matéria) e que não é possível encarar estas duas dimensões da realidade (assim como as dimensões de forma e conteúdo) de maneiras absolutas e anti-dialéticas.
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Portanto, um dos temas implícitos neste documentário que estou tentando finalizar com vocês do MIS-Campinas (como prosseguimento de uma atividade intelectual que aprendi fazer por causa de um curso de pedagogia da imagem que fiz aí mesmo no Museu da Imagem e do Som de Campinas, em 2007) é não só um ensaio de reflexão intelecto-existencial minha face a este fenômeno fascinante no qual estou inserido, mas um diálogo sócio-intelectual real com um arquétipo intelecto-existencial e afetivo concreto em minha vida: Vladimir Carvalho (feito conscientemente como tentativa de seguir a proposta do modo de fazer cinema verdade na linha de Jean Rouch e do próprio Vladimir, em seu estilo próprio e indefinível). Isto quer dizer que, o próprio documentário decidiu enfrentar todas estas questões aqui alistadas sumariamente de modo concreto, implícita e explicitamente; assumindo todos os possíveis erros estéticos e os limites técnicos de uma câmera digital amadora. Para além da dimensão estritamente técnica, o documentário não procurou fazer nenhum confronto entre a dimensão técnica da era da película face às dimensões técnicas da era digital, mas um diálogo que pudesse captar as dimensões estéticas e existenciais de duas gerações distintas ligadas por laços de afeto e parentesco: o grande mestre do documentário moderno que é Vladimir Carvalho, com toda uma imensa carreira inigualável de professor de cinema documentário e de produção concreta de filmes documentários em película tanto na Paraíba, quanto em Brasília e Centro Oeste (um dos grandes clássicos do cinema documentário brasileiro no século XX e início do século XXI, junto a outros importantes e clássicos realizadores do moderno cinema documentário brasileiro) e um simples professor de história iniciante na aventura de produção de filmes documentários digitais que de modo algum se pretende importante, muito menos clássico de um gênero que se sabe apenas amador.
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Apesar das distâncias geracionais e do abismo que há entre a dimensão intelectual da docência de um Vladimir Carvalho, professor de cinema da Universidade de Brasília, e a dimensão, mais modesta e acanhada, de um simples professor de história do ensino fundamental de uma rede pública de ensino paulista, assumidamente, o documentário "caseiro e digital" não só tenta prestar tributo ao mestre do menino paraibano que sou e que teve o privilégio de vê-lo em ação, em seu apartamento, enquanto ele elaborava suas obras no início dos anos 1970, em Brasília (tanto os filmes, quanto as esculturas e xilogravuras), mas tenta revelar também um diálogo permanente que há entre o mestre mais velho (e bem sucedido nesta difícil arte) e o aprendiz temporão (graças à nova dimensão econômica democratizante da era digital de produção de imagens) que continua a aprender com o homem que tem a idade de ser seu pai graças também à própria possibilidade de tomar contato mais cotidiano e mais íntimo com a obra do mestre, mesmo que os dois morem longe, por causa das maiores possibilidades de preservação e divulgação da obra dele que antes era de difícil acesso (pelas dificuldades técnicas e econômicas que a era da película acarretava). Não é porque o aprendiz temporão conseguiu comprar tardiamente sua primeira câmera digital filmadora amadora que se considera maduro e suficientemente experimentado para dialogar horizontalmente com o seu mestre à distância. Não se trata de um diálogo horizontal, mas de uma diálogo vertical do aprendiz digital tentando apreender os segredos difíceis da velha arte da linguagem cinematográfica que não foi inventada agora, mas há mais de cem anos, arte que ele somente podia apreciar, até bem pouco tempo, como espectador e admirador inveterado. Somente em meio a um curso no Museu da Imagem e do Som de Campinas é que descobri, como afirmei em outro e-mail, que um sonho antigo (e já esquecido) de fazer filmes (de quando saí de Brasília em busca da Revolução na Paraíba, por causa do conteúdo de filmes como os de Vladimir e de obras literárias como as de José Lins do Rego e Graciliano Ramos) agora era possível, financeira e tecnicamente falando. Portanto, esta foi uma grande descoberta só comparável à descoberta do menino paraibano que fui, no final dos anos 1960, face àquele personagem fascinante que era aquele professor e fazedor de filmes que falavam de minhas raízes e de meus afetos mais profundos.
Alberto e Vladimir Carvalho em 14 de janeiro de 2009 Brasília
Enquanto caminhava junto a Vladimir Carvalho, agora em Brasília, antes de chegar à Fundação Cinememória, conversamos a respeito dos diversos suportes possíveis para a realização de documentários que estão acessíveis a esta atual geração. Não somente as câmeras filmadoras digitais propriamente ditas, mas também as câmeras embutidas em aparelhos de celulares e em máquinas fotográficas digitais. Todo um imenso repertório de equipamentos digitais acessíveis a milhões de brasileiros, com custos incomparavelmente mais baixos do que os que eram possíveis anteriormente (descontando-se os preços variáveis, ainda assim acessíveis, dos equipamentos propriamente ditos, pensávamos na realidade de não serem mais necessários os filmes que precisavam ser revelados em processos químicos que encareciam sobremaneira o material necessário tanto para produzir fotos, quanto para se fazer cinema). Todo este material está disponível dando oportunidades infindáveis de produção de materiais audiovisuais para a criação de uma cultura de massas enraizada e criativa que pode enriquecer sobremaneira nosso patrimônio enquanto povo. Entretanto, não é porque este repertório está sendo oferecido sem parar, num ritmo alucinante e consumista, que, automaticamente, surgirá uma nova cultura cinematográfica de massas, produzida pelas próprias massas. Cultura esta que não pode se dar ao luxo de prescindir de toda uma riquíssima herança cinematográfica e imagética que foi produzida a duras penas, muitas vezes através de penosos esforços hercúleos e com parcos recursos, por gerações de criadores que nos precederam. Ao contrário, décadas depois do sonho glauberiano de "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça," hoje em dia (momento em que supostamente este sonho está se tornando realidade, pelo menos no que diz respeito à possibilidade de se possuir uma "câmera na mão"), por causa mesmo da revolução digital, temos muitas câmeras nas mãos e, muitas vezes, nenhuma ideia na cabeça (exatamente o contrário do que pregava Glauber Rocha). Isto quer dizer muitas coisas, mas, é claro, como professor de história que sou, em uma comunidade de periferia social em Campinas, penso logo em minha enorme responsabilidade como educador responsável não só por pensar nas possíveis (e tecnicamente cada vez mais acessíveis economicamente) pedagogias das imagens, mas de também gerar minhas próprias imagens não só enquanto conteúdos que possam ser levados para a sala de aula como assuntos a serem trabalhados didaticamente, mas que também possam contribuir com a contínua criação, difusão e preservação de nossa própria identidade sócio-cultural e histórica em meio a este mundo violento nada admirável nem novo da dominação capitalista já denunciada pelo velho e otimista Marx, o profeta de um mundo melhor possível, num século já passado.
Isto quer dizer que acredito firmemente no que tenho repetido seguidamente para amigos e alunos: que os princípios estéticos criados nestes mais de cem anos de fotografia e cinema continuam valendo ainda hoje e continuarão a valer no futuro (mesmo com os possíveis desdobramentos que deles irão surgir futuramente), porque, na verdade, são princípios estéticos que começaram a se constituir desde a Antiguidade Clássica e Oriental de nossa aurora histórica e nada indica que estão em vias de desaparecimento enquanto realidade humanística. Além disso, as novas possibilidades técnicas estão aí para nos mostrar que os sonhos do profeta judeu alemão do século XIX são cada vez mais possíveis, desde que nos apropriemos delas e as direcionemos criativa e generosamente, inspirados nos velhos princípios humanistas e socialistas de gerações de intelectuais que nos precederam (como Marx e Vladimir Carvalho e tantos outros), que devem ser renovados criativamente, sempre e tanto, na mesma medida em que saibamos valorizar, numa síntese criadora que possa encarar o erudito e o popular como herança e patrimônio comum a todo um povo, a imensa energia criadora e a imensa alegria de viver das classes populares brasileiras tão sofridas e tão espoliadas, junto com a vibrante herança intelectual de nossos intelectuais mais criativos e mais fecundos. Se hoje posso dizer que tenho vários projetos de documentários que já estão na fila para serem co-produzidos com a parceria do MIS-Campinas é porque não só fui alcançado por um programa educativo que despertou dentro de mim um desejo de gerar filmes que estava soterrado, mas também porque estes projetos que estão surgindo como que num jorro contínuo já estavam dentro de mim muito antes de que eu pudesse, finalmente, comprar minha primeira câmera digital (são documentários que já estavam em gestação dentro de mim, talvez, desde minha infância sob a influência eletrizante de um Vladimir Carvalho, que sempre valorizou estes dois polos fecundos da cultura humana, o erudito e o popular). Alberto Nasiasene Jaguariúna, 31 de janeiro de 2009 (dia do aniversário de Vladimir Carvalho, que hoje está fazendo 74 anos de idade)
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